segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Paraná falha no fim e nos pênaltis Santo Antônio elimina o Santa Cruz





No clássico dos santos disputado ontem pela manhã no CT Pinóquio, o caçula Santo Antônio falou mais alto e eliminou o Santa Cruz pelas semifinais da Copa Gazeta Ouro. Após empate no tempo normal por 1 a 1, o time de Sebastião Reis venceu nas penalidades máximas por 3 a 1. Desta forma, Santo Antônio e Estudantes decidirão a chamada "Libertadores do Amador" no próximo domingo.
No jogo de ontem, o bom futebol do Santa Cruz encontrou a sorte do Santo Antônio. Dono absoluto do jogo em boa parte dos 90, o time de Roberto Martins subestimou o adversário. Desta forma, ocorreu o empate no tempo normal em um gol. Nos pênaltis o Santo Antonio foi mais competente.
O Santa Cruz poderia ter conquistado a vitória para chegar em mais uma final da Copa Gazeta. Durante os 90, o time da Vila Queiroz teve volume de jogo e poderia nos 45 minutos iniciais ter definido o placar do jogo e sua presença na final do Pradão.
Logo aos 2 minutos, o gol da equipe da Vila Queiroz. O meia Piá olhou e tocou com estilo para Isaías. O ex-centroavante da Internacional só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede do goleiro Renatinho, 1 a 0 para o time do presidente Chicão.
O gol assustou o Santo Antônio, que passou a ser dominado pelo adversário. Piá encarregou-se de organizar e criar as principais jogadas do Santa Cruz. Desta forma, a equipe do técnico Roberto Martins passou a dominar a partida com tranquilidade. Sem o verdadeiro meia para alimentar o ataque, Léo e Wânder foram facilmente dominados pelos zagueiros do Santa Cruz.
Aos 14 minutos, novamente Piá criou outro momento de perigo. O meia ajeitou para Ricardo, que entrou pela esquerda e arrematou na rede pelo lado de fora. Mal distribuído em campo, o Santo Antônio propiciava os bons momentos do Santa Cruz. Timidamente, o Santo Antônio apareceu no ataque, isto aos 23 minutos. Tchô bateu cruzado para a linha de fundo.
A resposta da equipe de Roberto Martins veio logo em seguida com Isaías, que fuzilou a bola no travessão. Outra chance desperdiçada pelo Santa Cruz ocorreu aos 31 minutos. Piá rolou para Guilherme, que chutou rente ao poste direito do goleiro Renatinho.
Na verdade o Santa Cruz fazia por merecer o segundo gol, mas os homens de frente caprichavam demais na hora de finalizar. A equipe do técnico Reis se perdia na marcação com os passes rápidos que eram trocados pelos jogadores adversários. Aos 39 minutos, o Santa Cruz assustou-se com o atacante Wânder. O jogador aproveitou-se do vacilo da zaga adversária e obrigou o zagueiro Nelson a tocar de cabeça para a linha de fundo, originando escanteio.
Precisando dar rítmo a sua equipe, ainda no primeiro tempo, Reis promoveu a primeira alteração na sua equipe, quando tirou o apagado Danilo para a entrada de Neguitão. Com esta modificação, o lateral-direito Nicola foi adiantado para a meia-cancha. Porém, sem muitas pretensões na primeira etapa o Santo Antônio, se rendeu a superioridade do Santa Cruz.



SEGUNDO TEMPO:

Para reverter a desvantagem numérica, o Santo Antonio precisava voltar para a segunda etapa com um futebol mais objetivo e contar com a sorte para mudar a história do clássico. Já o time de Roberto Martins, vencendo pela contagem minima, era mais tranquilo em campo. Iniciou a segunda etapa com o único objetivo, administrar a vantagem. No intervalo, Reis optou pela segunda alteração. A entrada do meia-atacante Juninho no lugar de Rogerinho. A intenção do treinador do Santo Antonio foi das melhores, pois a sua equipe necessitava do meia de ligação.
Aos 10 minutos o zagueiro Anderson arriscou um belo chute, que obrigou o goleiro Paraná a fazer uma defesa importante, evitando o gol de empate. Ainda dono da partida, o Santa Cruz poderia ter ampliado o marcador. Mas algo estava reservado para o Santo Antônio. Uma falha do Santa Cruz, um lance despretencioso e a sorte. Ainda com rítmo maior de jogo, o Santa Cruz acabou desperdiçando quatro lances seguidos, que poderiam ter aumentato o marcador.
Mas dava-se a impressão de que o Santa Cruz estava subestimando o Santo Antônio, que encorajou-se aos 33 minutos, quando aproveitou-se do vacilo do sistema defensivo do Santa Cruz. Foi quando, Daves, que entrou na segunda etapa no lugar de Fabiano Negreiro, apareceu e bateu firme, mas o travessão encarregou-se de evitar o gol de empate.
Quando tudo parecia que o Santa Cruz poderia ampliar o marcador, eis que surge a sorte. Nicola entrou batendo sem nenhuma pretensão. A bola passou entre as pernas de Paraná, numa falha incrivel do goleiro do Santa Cruz. Estava estabelecido o empate por 1 a 1.
Como o empate do Santo Antônio ocorreu aos 39 minutos, o técnico Roberto Martins começou a pensar nos pênaltis. Sendo assim, imediatamente o técnico do Santa Cruz tirou o goleiro Paraná para a entrada de Gelson, cuja fama em defender pênaltis lhe deixou famoso no Amador e na Copa Gazeta. De fato estava certo em seu pensamento o treinador do Santa Cruz, pois o empate em um gol foi o placar no tempo normal.

OS PÊNALTIS:



Tailândia, Nelson, Charles, Guilherme e Thiago foram os responsáveis em cobrar os pênaltis para o Santa Cruz. Já o técnico Reis acabou optando pelos jogadores Juninho, Wânder, Daves, Anderson e Zé Carlos. Quem iniciou a cobrança foi o Santa Cruz com o atacante Tailândia que bateu por cobertura, pela linha de fundo. Na sequência, Juninho do Santo Antônio fez 1 a 0. O zagueiro Nelson e volante Charles, também não tiveram sucesso no Santa Cruz. Enquanto que Guilherme foi o único que marcou para o time de Roberto Martins. Já o Santo Antônio teve mais competência e através das finalizações positivas dos jogadores Juninho, Daves e Anderson, venceu o Santa Cruz por 3 a 1, garantindo-se na final da Copa Gazeta Ouro diante do Estudantes, domingo no Estádio Comendador Agostinho Prada. (Naldo Dias)



Ficha Técnica
Santa Cruz 1 x 1 Santo Antonio
(nos pênaltis: 3 x 1 para o Santo Antônio)
Gols -
Isaías aos 2 minutos do 1º tempo (SC) e Nicola aos 40 minutos do 2º tempo (SA)
Árbitro - Eleandro Pedro da Silveira
Auxiliares - Giovani César Canzian e Marco Antonio Bagatella
Santa Cruz - Paraná (Gelson); Juninho (Tailândia), Nelson, Adriano e Dedé (Thiago); Charles, Juari, Ricardo e Piá (Paulinho); Isaías (Indião) e Guilherme. Técnico - Roberto Martins.
Santo Antônio - Renatinho; Nicola, Anderson, Zé Carlos e Chiquinho; Danilo (Neguitão), Tchô, Fabiano Negreiro (Daves) e Rogerinho (Juninho); Léo (Curumim) e Wânder. Técnico - Sebastião Reis.
Ocorrências - cartões amarelos para Juninho, Charles e Ricardo (SC); Nicola e Rogerinho (S.A)

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